Conforme havia antecipado em entrevista ao Correio do Povo em outubro,
o secretário estadual de Educação, José Clóvis de Azevedo, confirmou
nesta segunda-feira que haverá um novo concurso público para preencher
10 mil vagas no magistério gaúcho. O titular da pasta afirmou que o
edital será lançado até o final deste ano e que as provas devem ser
aplicadas entre fevereiro e abril de 2013. “Queremos nomear nossos
professores na metade do ano que vem. A criação de um quadro estável de
professores nomeados é o nosso objetivo”, sintetizou o secretário.
A
abertura de um novo processo seletivo um ano após a realização do
último, de abril deste ano, é motivada pelo fraco desempenho dos
candidatos. Com isso, foi impossível que a Secretaria de Educação
(Seduc) preenchesse a quantidade de vagas oferecidas. “Nós temos cerca
de 21 mil contratados e agora estamos nomeando cinco mil. Mesmo assim,
teremos ainda um déficit de 15 mil professores no Estado. Agora, vamos
criar 10 mil vagas e se, por ventura, o número de aprovados for superior a isso, esses nomes ficarão em um banco de dados caso haja necessidade de chamá-los em breve”, explicou o secretário.
A
composição da prova aplicada em abril inovou com a exigência de
conhecimentos específicos da habilitação do professor por área, conforme
o secretário. Apesar de atribuir o desempenho dos professores à reforma
do exame, ele se mostra otimista e acredita que os novos concorrentes
estarão mais preparados. “Havia uma tradição no Estado de o concurso ser
genérico, com provas de conhecimentos gerais e sem um peso específico
da área de formação do professor. A partir do concurso passado, nós
introduzimos o peso maior para a habilitação do docente em sua área. E
isso causou impacto. Acredito que no próximo concurso, os candidatos
irão melhor preparados por saberem que a prova mudou”, ponderou.
Parte
dos 5,5 mil professores aprovados no processo seletivo de abril
começaram a ser chamados na primeira semana de outubro. No entanto, isso
gerou manifestação de alunos contrários
à saída de alguns docentes e a chegada de novos. Na semana passada,
estudantes da Escola Protásio Alves, em Porto Alegre, se reuniram em um
protesto contra a saída de uma professora, que deixaria o cargo para o
ingresso de um concursado, aprovado no último concurso. “Temos quatro
critérios sobre a nomeação de professores que respeitam o local onde há
falta deles, onde tem professor sem habilitação, onde o professor é
habilitado, mas está atuando fora da área de origem e em relação aos
contratados mais recentes de determinada escola. Evidente que todo o
critério sempre vai descontentar o interesse de alguém. Mas o nosso
objetivo é que tenhamos um quadro de professores nomeados e estáveis”,
ressaltou.
Com informações do Correio do Povo.
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